Relatório sobre o Documentário Comprar, jogar fora, comprar: Obsolescência Programática


O documentário apresenta o consumo desenfreado que é imposto à Sociedade pelo Capitalismo e Globalização. Contra sua vontade, após determinado tempo, o consumidor terá que substituir seu produto, pois a empresa que o produz fixa um limite de vida útil provocando uma compra de produtos contínua. Vários exemplos de produtos são apresentados no vídeo, dentre eles está a lâmpada elétrica, criação de Thomas Edison, que a princípio fora criada para ter longa durabilidade, porém, percebeu-se que se as lâmpadas durasse tempo demais a demanda seria pequena demais e consequentemente as fabricas em determinado momento se estagnariam. Nesse momento um cartel de fábricas de lâmpadas se organizou para fixar uma vida útil do produto em mil horas, quando uma lâmpada atingisse o limite estabelecido ela pára de funcionar e o consumidor se resta obrigado a substituir o produto. Um segundo exemplo que se destacou foi as meias femininas que num primeiro momento era consideravelmente forte, feita com pano chamado linho, e suportava até arrastar um automóvel. Apesar das mulheres da época estarem bastante satisfeitas com o produto que não desfiava nem relaxava, os fabricantes deixaram de produzi-las com tamanha qualidade pois possuíam grande durabilidade e impedia o crescimento de sua fabricação. Convém citarmos ainda, a impressora que não mais imprimia e apresentava uma mensagem pedindo para ser feita uma manutenção. Na verdade descobriu-se que as impressoras são fabricadas com um chip que limita a quantidade de impressão, assim que a máquina atingir aquele limite ela não mais funcionaria e o consumidor, mais uma vez, estaria obrigado a comprar um novo produto. Além da vida útil predeterminada, para fomentar o consumismo as fábricas começaram apostar em produtos com designe modernos, configurações e opções mais avançadas, que causassem desejo de aquisição no consumidor. Isso é a obsolescência programada. Seus idealizadores a justifica dizendo que se as pessoas não consumissem rotineiramente, não haveria emprego para todos e consequentemente a economia não cresceria. O consumismo desenfreado precisa existir para a economia crescer! Com a produção cada vez maior e o descarte de produtos cada vez mais precoce, os lixões crescem monstruosamente, se multiplicam; as matérias-prima começam a diminuir. As grandes potencias mundiais – que são os países que mais fabricam produtos – precisam dar um jeito nos produtos descartados. Onde armazenar tanta sucata? A saída é enviar o que não presta para quem não tem o que presta. Os países de primeiro mundo alegando estar enviando produtos de segunda-mão aos países mais pobre mandam todo o lixo resultante da obsolescência, o impacto ambiental é notável, o documentário mostra um rio que é morto por um enorme lixão onde se armazena os “produtos” que os países de primeiro mundo enviam. Surge então a necessidade de estabelecer campanhas de contenção do consumo desenfreado, combatendo a obsolescência programada, pois, como dito, tal processo pode acarretar graves danos ao meio ambiente, sendo que mais consumo sempre resultará em mais lixo.


Autor: Breno Fernandes Souza

Postar um comentário